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Turismo : Visão e Ação

versão On-line ISSN 1983-7151versão impressa ISSN 1415-6393

Tur., Visão e Ação vol.18 no.1 Balneário Camboriú Jan./Abr. 2016

 

Editorial

EDITORIAL

Luiz Carlos da Silva Flores

Luciano Torres Tricárico

Segundo o Ministro do Turismo Eduardo Alves, no artigo “O caminho da tocha”, publicado em 2 de novembro no jornal Folha de São Paulo, “2016 será um ano de oportunidades imperdíveis para o turismo brasileiro”, que tem a responsabilidade de organizar os Jogos Olímpicos e paraolímpicos Rio 2016. Mais um grande evento que, somado com a Copa do Mundo 2014, coloca o Brasil em destaque no cenário mundial e na rota do turismo esportivo e de grandes eventos. Afinal, serão mais de 15 mil esportistas de 205 nacionalidades que virão desfilar neste grande evento.

Se por um lado este grande evento coloca o Brasil no cenário mundial do turismo, por outro e de nosso interesse, abre grandes oportunidades para a produção acadêmica e cientifica do turismo e, sem dúvida, os pesquisadores do turismo estarão atentos para colocar a investigação do turismo brasileiro no cenário mundial da pesquisa em turismo.

Dessa forma e com o nosso propósito de “divulgação de trabalhos técnico-científicos que contribuam para a geração do conhecimento na área de Turismo”, a Revista Turismo Visão e Ação compartilha desta visão e estará aberta para receber e apoiar a produção dos nossos pesquisadores e colaboradores, contribuindo para colocar a pesquisa do turismo brasileiro no cenário mundial.

Para este ano de 2016, aguardamos a avaliação dos processos de ingresso no Sciello e Redalick, o que nos proporcionará uma projeção significativa, bem como dos nossos pesquisadores/autores que tanto contribuem para o sucesso desta revista. Com esta classificação aumenta a responsabilidade com a qualidade dos processos de submissão, avaliação e editoração e, certos disto, já estamos revendo e adequando alguns processos internos para garantir as boas práticas recomendadas pela ANPTUR e pelos órgãos classificadores.

Para esta primeira edição do ano de 2016, selecionamos artigos que contemplam a perspectiva da transversalidade inerente à área do turismo em suas diversas temáticas, como gestão, hotelaria, cultura e patrimônio, meio ambiente, sustentabilidade, entre outras.

Lembrando e agradecendo aos nossos colaboradores que o conteúdo desta edição é resultante de um trabalho mútuo, desempenhado por profissionais/ pesquisadores e avaliadores, bem como por uma equipe editorial empenhada e comprometida com a divulgação da produção científica do turismo e áreas afins, com a clara intenção de compartilhar novas descobertas nesta área de conhecimento.

Nesta edição estão sendo disponibilizados oito artigos.

O BRASIL COMO OBJETO DE ESTUDO NA PESQUISA SOBRE TURISMO NO CONTEXTO INTERNACIONAL é o primeiro artigo e discute o papel do Brasil no campo do Turismo e da Administração, propondo alguns problemas de pesquisa para provocar o interesse de pesquisadores brasileiros e estrangeiros sobre assuntos cujo país pode ser relevante às pesquisas, porém, ainda pouco explorado, especialmente no campo do estudo internacional de turismo.

O segundo artigo analisa a importância da cooperação entre os stakeholders para o desenvolvimento turístico dos territórios rurais, numa perspectiva de sustentabilidade, um estudo de caso da SUB-REGIÃO DO BAIXO ALENTEJO, ALENTEJO – PORTUGAL. Conclui que os agentes consideram importante haver uma cooperação intersetorial, porque fortalece o turismo contribuindo para a revitalização econômica e social dos territórios rurais; aumenta a competitividade empresarial; permite as trocas de recursos onde se inclui o capital, o conhecimento; e reforça a legitimidade das políticas de turismo.

TURISMO, VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS E PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO EM GAROPABA (SC) debate a respeito dos vestígios arqueológicos pré-coloniais remanescentes no município e suas possibilidades na promoção do desenvolvimento sustentável por meio do turismo arqueológico. Conclui apresentando uma proposta de turismo arqueológico, potencialmente capaz de contribuir para alternativas de trabalho e renda e para a proteção e preservação dos sítios arqueológicos existentes na região.

O artigo SATISFAÇÃO DE RESIDENTES COM SEU LUGAR: DEFINIÇÃO E PROPOSTA DE UMA ESCALA DE MENSURAÇÃO DE MÚLTIPLOS ITENS analisa o construto ‘satisfação dos residentes com o lugar’ e propõe uma escala para sua mensuração. O pressuposto foi de que a atratividade de um lugar é evidenciada, em grande parte, pela satisfação que seus residentes têm, de modo que se faz necessário monitorar e empreender esforços para elevar o nível de satisfação deste grupo de stakeholders. Academicamente, o artigo preenche uma lacuna na literatura da área em termos de métricas na área de satisfação de lugares.

O tema referente à formação de preços e aos seus impactos na hotelaria de pequeno porte, em função das características peculiares ao setor, com significativos custos indiretos, riscos de ociosidade e acirramento competitivo, remete à busca por alternativas eficazes de controle de custos e estabelecimento dos preços de modo competitivo, discussão esta proposta no artigo FORMAÇÃO DE PREÇOS EM HOTELARIA: UM ESTUDO DE CASO em Chapecó/SC. As conclusões revelaram a imperatividade de conjugar custos e concorrência quando da formação de preços.

No artigo DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UMA ESCALA DIRETA PARA MENSURAÇÃO DE ATITUDES RELATIVAS A DESTINOS TURÍSTICOS, os autores propõem o desenvolvimento de uma escala direta para a mensuração das atitudes dos indivíduos em relação a destinos turísticos de lazer. Para isso, utilizaram um procedimento para desenvolvimento de escalas sugerido por DeVellis (2003) e composto por oito etapas distintas. Os resultados obtidos pelos autores apontam que as escalas diretas são adequadas e que as de único item são mais adequadas do que as de múltiplos itens.

No artigo A ACESSIBILIDADE E AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: UMA REFLEXÃO RUMO À DEMOCRATIZAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER, os autores avaliam a acessibilidade para usuários idosos da trilha Peroba do Parque Estadual Lago Azul, em Campo Mourão (PR). Os resultados mostraram que as competências dos condutores atendem parcialmente às necessidades de segurança de visitantes idosos e que a trilha estudada apresenta obstáculos que limitam a segurança e a autonomia. Portanto, a promoção da acessibilidade em trilhas torna-se passo para a garantia de uma maior democratização dos espaços de lazer, sobretudo em áreas de uso público de Unidades de Conservação.

O último artigo REPERCUSSÕES DAS POLÍTICAS DE TURISMO NO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL: O CASE DE SÃO MIGUEL DO GOSTOSO promove um debate teórico-metodológico sobre os efeitos das políticas públicas no litoral potiguar, especialmente no município de São Miguel do Gostoso, destino de turismo de sol e praia e de turismo de aventura de natureza náutica, que se apresenta no cenário turístico contemporâneo como importante polo de lazer para o desenvolvimento de esportes aquáticos e velejo, com destaque para o kitesurf e windsurf. Os resultados mostram que as políticas foram determinantes e direcionaram os investimentos para o desenvolvimento desse território para fins turísticos e de lazer.

Desejamos a todos um ano produtivo e pleno de realizações !

Boa leitura!